 
 DANIEL LIMA - 10/10/2025
DANIEL LIMA - 10/10/2025
O que os leitores vão acompanhar neste novo capítulo de uma série sem data para terminar é uma mixagem rápida do presente-presente e do passado-presente. Vou explicar: presente-presente é o que temos hoje no Grande ABC quando se trata de região e regionalidade. Passado-presente é o que temos hoje, mas foi preparado e dissecado antes. Duas décadas de distância.
O passado-presente tem origem há exatamente 20 anos, quando estive Diretor de Redação do Diário do Grande ABC e lá cheguei com 95 mil caracteres digitalizados do Planejamento Estratégico Editorial, encaminhado a todos os profissionais de Redação, além de diretores e acionistas. Nada semelhante ocorrera antes na Rua Catequese.
A tecnologia já dava, naquele 2004, sinais de que poderia mudar as relações corporativas. Um plano reformista não se disseminaria sem democratização de conceitos.
O que tivemos nesse período de presente e passado é que a situação exposta no começo do século está muito pior. O retrocesso é clamoroso. O que tenho a acrescentar de novidade ao que foi reservado naquele documento sob o guarda-chuva de “Regionalidade” talvez seja mesmo espécie de exegese do verbete em questão.
PARTITURA EDITORIAL
O tempo e novas experiências forneceram suprimento para colocar “regionalidade” e “região” em polos opostos, quando não conflitantes. Conheço tanto o Grande ABC que ao preparar essa divisão geográfico-institucional me sinto devedor. Afinal, por que não acentuei essa diferenciação antes? Está certo que abro o placar de uma obviedade meridiana, mas poderia ter sido antes. Muito da Barcaça da Catequese tem a ver com isso. Mais que o Gataborralheirismo.
Regionalidade e Região compuseram minha partitura editorial à frente da revista de papel LivreMercado, mas a distinção entre uma coisa e outra coisa jamais foi tão provocativamente cavoucada como agora. Talvez a explicação seja a redundante obviedade que dispensaria explicações. O que parecia único, revelou-se semanticamente complexo.
O fato é que desde sempre, quando observado numa linha de tempo linear, com permissão a descarte de poucos períodos de mudanças que se diluíram nas ondas provocadas pela corrosão da Barcaça da Catequese, o que temos é que regionalidade não existiu ou existiu esporadicamente na trajetória do Diário do Grande ABC. Injetou-se municipalismo nas veias, sempre ou quase sempre. E quando houve incursões regionalistas, os fracassos persistiram porque os objetivos não superaram as barreiras da região.
EXEMPLOS EVIDENTES
Basta ver o que é o Clube dos Prefeitos e a Agência de Desenvolvimento Regional, instituições criadas por Celso Daniel. Ou a Câmara Regional, já desativada, também obra do único prefeito regionalista do Grande ABC. Até outro dia escrevia que Celso Daniel era o único prefeito regional do Grande ABC. Agora corrijo. Regional, derivado de Região, e Regionalismo, têm sentidos distintos.
O Diário do Grande ABC se especializou e construiu história ao dar tratamento a uma região de sete municípios estupidamente divididos na metade do século passado. Um território difícil de ser reportado. Cobrir diariamente sete espaços, quando um único e indivisível território seria muito menos complexo, foi um presente de grego dos emancipacionistas.
Já imaginaram se a cidade de São Paulo seguisse o mesmo critério separatista? Seriam 32 municípios ao invés de 32 subprefeituras.
O exagero da comparação é uma maneira de protestar e de demarcar a distância entre os dois modelos. O autofágico separatismo do Grande ABC provou danos permanentes. Qualquer incursão que pretenda extrapolar a formalidade municipalista e invadir a esfera abstrata de região será frustrante sem a inclusão de regionalidade. Região como sinônimo de integração dos municípios, portanto, de regionalidade, é um barco de proselitismos.
DIÁRIO DA REGIÃO
Pode parecer extravagante dizer que o Diário do Grande ABC é um produto que na essência territorial, social, econômica e cultural foi levado a contrariar a própria denominação. Região do Grande ABC é uma coisa. Pressuposta regionalidade de Grande ABC é outra coisa – não custa martelar.
Diário da Região em substituição a Diário do Grande ABC teria sido uma marca mais ajustada aos fatos e à cultura municipalista que a encapsula. Mas perderia o charme do marketing. Seria um desperdício imperdoável. O conceito de Barcaça da Catequese sintetiza essa contradição e é por isso que insistimos nessa abordagem.
Se havia na marca Diário do Grande ABC o espírito de regionalidade editorial e comercial, porque uma coisa não se desgarra da outra, algo determinante no sentido de integração regional, a proposta ruiu sob holofotes críticos. A trajetória do Diário do Grande ABC, com períodos de exceções, sempre se notabilizou pelo municipalismo inerente às forças de pressão e de interesses localizados nos respectivos espaços bairristas por natureza.
Quem apontar para o mapa do Grande ABC e afirmar que a divisas geográficas são apenas formalidade cartográficas estaráfadado ao manicômio do triunfalismo. Não há praticamente nada significativo que elimine os muros muitas vezes intransponíveis.
DUAS CLASSES MÉDIAS
Um dos muitos casos que de vez em quando leva analistas políticos a quebrar a cara é teorizar sobre o espectro da classe média de São Bernardo e de Santo André. São porções bastante desiguais principalmente nas campanhas eleitorais. Santo André conta com uma classe média egressa de pequenos e médios empresários e uma parte bem menos densa de trabalhadores. São Bernardo tem uma classe média menos conservadora, da mobilidade social dos movimentos sindicais.
O que separa uma coisa em forma de região e outra coisa em forma de regionalidade é o mesmo que granulados petroquímicos (região) que se transforma em farol de veículo (regionalidade) na linha de produção industrial. Região é uma padaria que faz sucesso no bairro como ponto de encontro e consumo. Regionalidade é a mesma padaria no contexto da indústria panificadora como objeto de análise. Região é a notícia do fechamento de uma fábrica. Regionalidade é o fechamento de uma fábrica e a influência no setor que representa num determinado espaço territorial.
Em suma, o que opõe uma coisa à outra é que uma coisa (região) é um conjunto de notícias, informações que forram as páginas do jornal como insumos ao conhecimento dos leitores, enquanto regionalidade é a imersão analítica, interpretativa, esclarecedora, nas razões e nas consequências do que virou notícia. Há o municipalismo a torpedear região e regionalidade.
MULTIPLICAR POR SETE
Sem essa transposição como linha editorial sistêmica, o Diário do Grande ABC virou o oposto do que a marca sugere. O Diário do Grande ABC prevalecentemente noticioso e municipalista se perdeu em meio ao turbilhão de informações e a pressão de fechamento editorial. A Barcaça da Catequese, de alta rotatividade na Redação, raramente encontrou o fio da meada – e logo o desfez, repetindo ciclos ao sabor do acaso.
Capítulos desta série vão mostrar em detalhe como região e regionalidade são parentes distantes no léxico editorial do Diário do Grande ABC.
Ouvir sete secretários de saúde para regionalizar a pauta era tudo que não combinava com o estado de guerra de produção e fechamento editorial. Naqueles anos dourados do Diário do Grande ABC –e isso vale até o começo deste século, com evidente esvaziamento da Redação – a turbulência de fazer jornal só era possível porque a juventude de resistência à jornada de trabalho combinada com o fervor dos experientes compunham um caldo de extraordinário valor operacional na Redação.
A Economia foi e continua sendo o núcleo de produção mais deficiente e comprometedora do Diário do Grande ABC. Por isso, nesse vácuo, criei a revista LivreMercado. E esse é outro capítulo. Mas esse desacerto não se exaure na Economia. A contaminação é geral e não necessariamente uma propriedade exclusiva de imperfeições do Diário do Grande ABC.
METRÓPOLE MALTRATADA
Jornalões muito mais representativos, especialmente os editados na Capital, na Cinderela do gataborralheirismo do Grande ABC, não enxergam o óbvio. Esse é mais um capítulo na linha de tiro esclarecedor. Estadão, Folha de S. Paulo e Valor Econômico ignoram profundamente o que se passa na Região Metropolitana de São Paulo, foco complementar do Planejamento Estratégico Editorial que produzi e distribui aos jornalistas e diretores do Diário do Grande ABC há 20 anos. Pressupostos prioritários de meus estudos e análises.
Segundo maior PIB brasileiro, atrás apenas do PIB do Estado de São Paulo, contando com o dobro da população do Rio Grande do Sul, com o equivalente à população inteira de Minas Gerais, a Grande São Paulo perde feio para a cobertura nacional. Temos uma área desprezada pelo jornalismo.
Por mais que me dedicasse a escrever sobre regionalidade e região, nada se consumaria tão verdadeiramente legítimo para retirar eventual acusação de engenheiro de obra feita do que reproduzir o capítulo específico do Planejamento Editorial Estratégico daquele 2004.
O que se segue representa menos de 10% do conjunto daquela estrutura de ideias e planos. A transformação iniciada em julho de 2004 num Diário do Grande ABC já bastante debilitado, mas que ainda reservava cinco dezenas de profissionais de talento e dedicação, acabou atropelada em maio de 2005. Foram 11 meses de efetivas mudanças.
As duas últimas décadas são o período mais preocupante do Diário do Grande ABC. Por razões corporativas, sociais e macroeconômicas. Tudo sob nova ordem tecnológica. Segue o capítulo de Regionalidade de 2004 do Planejamento Estratégico Editorial.
PASSADO-PRESENTE
É preciso compreender o sentido de regionalidade que aplicaremos na linha editorial do jornal para que não se caia na armadilha do reducionismo simplificador. Regionalidade não tem nada a ver com provincianismo. Não faremos do jornal uma repetição diária dos veículos semanários que vivem e sobrevivem de releases dos governos municipais e de empresas privadas que contam com assessoria de imprensa.
O conceito de regionalismo contemporâneo prende-se ao desafio de vasculhar cada centímetro quadrado do território dos sete municípios do Grande ABC sem perder de vista o encaixe metropolitano. Também não poderemos desprezar aspectos nacionais e internacionais.
Traduzindo a equação: nosso regionalismo jamais se desgrudaria do ambiente metropolitano e muito menos dos sacolejos globalizantes, mas não cometeria a insanidade de, literalmente, tentar agarrar o mundo, enquanto a essencialidade de sua própria gênese territorial escapa entre os dedos da dispersão.
Teremos, em função das circunstâncias econômicas e financeiras, de promover uma espécie de escolha de Sofia; ou seja, definir um padrão de cobertura predominantemente regional mesmo que isso custe redução do espaço nacional e internacional. Precisamos ganhar o jogo em nosso quintal de forma massacrante, da mesma forma que perdemos quando partimos para a luta em campo adversário.
Queira-se ou não, jogar o jogo do noticiário nacional e internacional com os grandes conglomerados de comunicação é uma batalha inglória. O que não significa que devemos abandonar o barco. É evidente que não, até porque a medida contraria o conceito de regionalidade contemporânea. O que temos de executar — e esse é um caso de decantação — é a busca de novas vertentes de cobertura nacional e internacional que fujam da dependência do noticiário das agências. Apresentaremos um projeto específico sobre isso, mas não numa primeira etapa.
O grande mote que pretendemos apresentar é a captura de um regionalismo moderno, instigante e evolucionista. Algo jamais mostrado na história dos jornais metropolitanos presos a pautas federalizadas com soluços, apenas soluços, locais. Faremos um Diário do Grande ABC Metropolitano, ou seja, estaremos conectados permanentemente a tudo que nos rodeia, sobremodo nos campos que mais de perto atingem nossos leitores.
Não podemos minimizar o fato de que estamos incrustados numa região metropolitana de 39 municípios e 18 milhões de habitantes, que representam quase metade do PIB estadual e cerca de 20% do PIB nacional. Nosso território preferencial é o Grande ABC. Nosso território complementar é a Grande São Paulo. Somos — a Grande São Paulo — um Estado de Minas Gerais em população e muito mais em economia. Somos quase o dobro dos 420 municípios do Rio Grande do Sul. A Grande São Paulo é um País tratado sem zelo pelos meios de comunicação. O Grande ABC está no interior desse gigantesco painel humano e precisa ser devassado para ser entendido.
Tudo o que estiver ocorrendo na Região Metropolitana de São Paulo deverá nos interessar detidamente. Nossos indicadores sociais e econômicos não podem se circunscrever à geografia do Grande ABC. Temos de correlacioná-los, sempre que possível, com os espaços que nos rodeiam.
A influência do Rodoanel Oeste, que contemplou a chamada Grande Osasco, nos abalou fortemente como espaço socioeconômico, conforme mostramos em matéria baseada em dados estatísticos do Instituto de Estudos Metropolitanos. Não podemos ficar desatentos a isso. As autoridades públicas, privadas e sociais precisam reagir ao quadro. Não devemos cair na tentação de nos lambuzarmos com estatísticas domésticas, puramente regionais, quando o mundo que nos envolve proximamente ou não, reage de forma mais incisiva.
Um exemplo do que parece melhorar, mas que não passa de ilusão estatística, está no ranking de criminalidade do Instituto de Estudos Metropolitanos. Apresentamos queda nos registros de homicídios dolosos e também em roubos e furtos de veículos, mas aumentamos os casos de roubos e furtos diversos. Na classificação final, que abarca os três quesitos, perdemos posições e seguimos entre os piores municípios economicamente mais importantes do Estado. Até mesmo São Caetano caiu pelas tabelas.
Como se explica isso? Simples: os investimentos e as ações de combate à criminalidade no Grande ABC não fluíram à altura da maioria dos demais municípios. Ou seja: em termos comparativos, estamos piores do que antes, mesmo que os números absolutos de um ou outro indicador apresentem avanços.
Quem sabe e explora a importância da qualidade de vida para atrair e manter investimentos entende o significado dessa equação. Confrontam-se centenas de municípios nos mais diversos quesitos. O capital, como se sabe, não tem fronteiras. E a flacidez do tecido social do Grande ABC converteu-se em adversário à atração de empresas.
Portanto, regionalidade não pode ser confundida com encarceramento territorial. Devemos estar ligadíssimos aos eventos que nos rodeiam, à medida que se operam em áreas mais próximas ou não. Como se explica que Guarulhos está anunciando 13 novas indústrias que no ano passado se beneficiaram de um regime fiscal que abate os custos do IPTU e mesmo do ISS de construção, enquanto nós, depois de quatro anos da instauração de guerra fiscal semelhante no Grande ABC, só enlaçamos uma única indústria, em Ribeirão Pires?
São muitas as explicações, justificativas e desculpas. Tratamos desse assunto na revista, mas quando abordamos num jornal, cuja capacidade de mobilização é a marca registrada dos veículos diários, a probabilidade de mudanças e reações será maior. A tabelinha entre sensibilização de revista e mobilidade de jornal adquire contorno especialíssimo de otimismo sustentado. Atirar sob o tapete o debate em torno de questões como essa — a competitividade regional — é acreditar em Papai Noel.
Somos cidadãos metropolitanos em intensidade quase semelhante à de cidadãos do Grande ABC. As fronteiras locais são mais tênues que as demarcações metropolitanas.
A migração diária de trabalhadores que se deslocam internamente entre os sete municípios é mais intensa que a observada em relação a movimentações em direção a outros territórios da metrópole, mas tem-se acentuado o universo de traslados menos convencionais. Isso eleva a responsabilidade editorial de transmitir informações mais elásticas sem perder as raízes regionais.
É preciso situar o morador do Grande ABC no contexto metropolitano. Explicar-lhe, por exemplo, a vantagem de uma megaobra viária anunciada por São Bernardo. Ou a construção da Avenida Jacu-Pêssego. O que tanto uma quanto outra vão representar de alternativas de locomoção e também de geração de riquezas.
Há quase duas décadas atravessa parte de nossas fronteiras municipais uma escandalosa serpentina metropolitana, na forma do extenso trecho do sistema de trólebus, que começa na zona leste da Capital, cruza Santo André, São Bernardo e Diadema e desemboca na Capital. Um arco de integração, cujos reflexos sociais e econômicos jamais foram estudados. Quanto das demandas por educação e saúde públicas dos municípios atendidos pelo sistema de trólebus não teria sido adicionado pelas facilidades de transporte?
O que se pretende dizer é que o conceito de regionalidade é tão amplo, contundente e compulsório quanto escamoteador. Exige cuidados especiais para que não seja subvertido. O entendimento será proporcionalmente maior na medida em que se sufocar o simplismo decorrente da falta de informações sistêmicas.
Um veículo de comunicação que pretende se posicionar em defesa do território em que atua — e se entenda posicionar em defesa como expressão que não comporta deformações interpretativas voltadas unilateralmente ao cor-de-rosa desavergonhado — deve saber distinguir o momento certo em que uma manchete ou uma foto de primeira página de um treinamento ou de um jogo do Santo André é mais importante que, em situação semelhante, o seria o noticiário envolvendo um dos grandes clubes da Capital. Ou mesmo que uma decisão de um campeonato varzeano com alguns milhares de expectadores tem maior peso que uma decisão da Copa Europeia.
O conceito de regionalidade não pode perder de vista uma lógica operacional muitas vezes esquecida e que precisa ser reiterada para que determine o fim de ilusões e desperdícios: temos de extrair de nossos profissionais de comunicação o máximo de informação do território sobre o qual se debruçam cotidianamente.
Pretender competir com os grandes jornais da Capital no noticiário nacional e internacional sem contar com a equivalência de recursos humanos e materiais disponíveis é dar um tiro no pé. Afinal, deixamos de explorar as peculiaridades de nosso território, onde vivem nossos leitores e assinantes ávidos por informações regionais qualificadas, e nos perdemos no tiroteio de uma competição desigual.
O investimento de uma pequena ou média metalúrgica de Diadema é muito mais importante que a notícia de novas tragédias na Palestina. A notícia internacional será publicada, evidentemente, mas não pode ganhar em importância para os fatos mais relevantes de nossa geografia.
Sempre perderemos a batalha do noticiário nacional e internacional, porque as agências contratadas nos sonegam o filé mignon. Sempre ganharemos a batalha do noticiário regional, porque teremos nossos profissionais cuidando do que interessa de fato ao nosso dia-a-dia.
Não podemos mais ver nossos patrimônios pessoais morrerem — como têm morrido porque ainda não inventaram a fórmula da eternidade física — e simplesmente os ignorarmos por falta de conhecimento regional.
Em contrapartida, ativos pessoais nacionais e internacionais acabam por ocupar o derramamento de nossos espaços editoriais. Entregamo-nos a uma globalização de mão única — onde o que vale é a globalização excludente do regionalismo contemporâneo.
Os personagens que ajudam a construir de fato a história econômica, social, cultural e política do Grande ABC precisam ser valorizados em suas variadas dimensões. Reconhecer-lhes os méritos tem o significado de erguer espelhos que poderão se multiplicar em defesa da regionalidade.