Regionalidade

Nova Agência não passa
de charlatanismo regional

  DANIEL LIMA - 28/06/2021

Está em operação a tentativa de ressuscitar a Agência de Desenvolvimento Regional do Grande ABC. Seria ótimo e imprescindível se fosse um plano que levasse em conta a história da própria instituição e o imbricamento com as demais entidades que supostamente tratam de regionalidade. Mais que isso: que tivesse relação para valer com a sociedade, que é desorganizada.

O que temos para consumo, entretanto, é o agrupamento de algumas universidades, a maioria das quais sem qualquer lastro de integração regional. Traduzindo: a Agência pretendida é charlatanismo puro. Um corpo estranho num ambiente de putrefação institucional de tudo que se remete ao conceito de regionalidade.

Não vou recorrer a qualquer um dos 515 textos que tratam da Agência de Desenvolvimento Econômico reunidos ao longo dos anos no arquivo desta revista digital, fruto do trabalho jornalístico não só neste século, quando CapitalSocial foi criada, mas também anterior e cumulativamente, no período de quase 20 anos da revista LivreMercado, sempre sob o mesmo controle editorial. 

Vou reproduzir alguns trechos impagáveis que acabei de encontrar nos meus arquivos sobre o que, antes da morte de Celso Daniel, em 26 de julho de 2001, um especialista internacional na matéria, ou seja, em regionalidade, escreveu sobre a Agência de Desenvolvimento Econômico.

Preciosidade em papel

É uma preciosidade o material em papel. Vou tentar encontrar raízes digitais de modo a compartilhar com interessados no futuro do Grande ABC que chegou sem que nada tenha sido resolvido. Quem assina o material é Giuseppe Cocco, cuja biografia é exemplar. Foi trazido pelo único prefeito regional que o Grande ABC já conheceu: Celso Daniel, claro. Os demais, sem exceção, só fizeram ou fazem fita. São canastrões que abusam do esfacelamento completo do regionalismo. Vendem gato por lebre.

Aliás, é por essas e outras que sempre afirmo e reafirmo a decepção a cada nova safra de prefeitos que aportam nos municípios do Grande ABC. Nenhum deles até agora chegou aos pés da regionalidade construtivista de Celso Daniel.

Mas vamos ao que mais interessa agora. No caso, um exame minucioso de Giuseppe Cocco sobre a Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC e, por extensão, da região como um todo. Selecionei alguns trechos da abertura da análise que, duvido, alguém de qualquer instituição regional do Grande ABC disponha de cópia. O material que se segue ocupou apenas três páginas do relatório de 2001 que deixou de legado na Agência. Outras 40 páginas estão à espera de reprodução.

Agência em 2001

Podemos resumir o conjunto dos desafios que a Agência de Desenvolvimento do Grande ABC deve enfrentar com uma metáfora que os franceses emprestam ao rugby. No rugby, esporte de origem inglesa muito praticado na França, um dos times pode chegar a colocar a bola oval atrás da linha de fundo (chamada meta ou gol) e realizar um “essai” (ensaio). Já isso lhe dá um certo número de pontos, mas o time pode “transformar” este “essai” em um número maior de pontos por meio de um chute pelo qual o jogador tenta colocar a bola oval entre os dois paus verticais que compõem o gol. Trata-se de dar sequência a uma primeira fase bem-sucedida de constituição da agenda regional do Grande ABC paulista que alcançou a meta de ter produzido um vasto e complexo tecido institucional regional e uma agenda regional particularmente elaborada (constituindo-se numa experiência única e inovadora no nível nacional); por outro lado, o projeto regional (sua agenda) precisa se confirmar passando à ação regional.

Agência em 2001 

A Constituição da Agência de Desenvolvimento (Agência) representou uma primeira e contundente resposta a este desafio. Municípios da região, Consórcio Intermunicipal, Câmara do Grande ABC e Fórum da Cidadania iam enfim dispor de um instrumento consequente destinado a operacionalizar as prioridades indicadas por este tecido institucional regional e, ao mesmo tempo, lançar mão de uma ação abrangente de desenvolvimento cujo escopo seria imediatamente regional. Ou seja: com a Agência, o processo constituinte regional chega à maturidade pois que ele desdobra as instâncias representativas regionais (dos poderes públicos locais no Consórcio e da sociedade civil regional no Fórum e na Câmara) em uma instância (a Agência) cuja dimensão e legitimidade regionais não deverão ser apenas o fruto da composição e mediação dos diferentes atores locais (e em particular dos municípios) mas o fato de sua própria essência e vocação.

Agência em 2001

Ao mesmo tempo e paradoxalmente, enquanto último e mais ambicioso produto da agenda regional, a Agência se encontra no cerne de dificuldade que a própria maturidade do projeto regional produz. Se a Câmara tinha definido com clareza suas tarefas (“promoção do Marketing Regional, elaboração e divulgação de um sistema de informações socioeconômicas sobre a região e fomento das micro e pequenas empresas”), a Agência está longe de poder fazer um balanço claro e afirmativo de sua primeira fase de vida: as equipes de trabalho foram mudadas em pouco tempo e ainda estão funcionando desfalcadas e fragmentadas; as tarefas de marketing regional não chegaram a sair do papel; o fortalecimento das cadeias produtivas sequer se tornou projeto de ação. O único eixo que a Agência está conseguindo desenvolver com êxito, mas ao custo de absorver a quase totalidade de seus escassos recursos, é o da produção de análises sobre a dinâmica econômica e industrial da região.

Agência em 2001

Um êxito que é, aliás, objeto de pesados ataques por parte da imprensa: “A sistematização de informações também é precária (...). Os resultados parciais geram momentos de tensão porque técnicos da Agência procuram construir interpretações triunfalistas; e de parceiros importantes da agenda regional, que o criticaram: “as pesquisas para o banco de dados – que também não foi criado – têm servido mais aos quadros acadêmicos do que para gerar negócios (...). Afirmações da imprensa confirmadas por boa parte de nossos entrevistados, de diferentes horizontes. Está claro que, nas dificuldades atuais da Agência, encontramos as, mais gerais, da agenda e da ação regionais como um todo. Se ela consegue definir e enxergar a urgência de uma instância deste tipo, as tarefas que lhe são atribuídas parecem responder a objetivos abstratos, cujos retornos concretos para os stakeholders regionais tanto desconhecidos quanto estes lhe negam os meios mínimos para poder alcançá-los. Uma grande indeterminação encobre, portanto, a apreensão pelos próprios atores regionais (bem como pelos técnicos da Agência da “vocação e do formato da Agência”, ao passo que ela está literalmente “engolfada de demandas e cobranças” sobre seu papel de suporte e catalizador da ação regional.

Agência em 2001 

A Agência, maior resultado de dez anos de construção da agenda regional do Grande ABC, coloca a esta os desafios de desenvolvimentos futuros que necessariamente demandam uma outra etapa do processo de constituição regional. Como dissemos acima, se trata, pois, de “transformar, ou seja, de consolidar a agenda regional do Grande ABC paulista, desenhada nos anos 90 e reconhecendo que isto implica em alcançar um outro nível de seu processo constitutivo sem o qual a ação regional nunca chegará a ter o fôlego necessário.  Em face destes desafios, a situação da Agência aparece marcada por uma grande complexidade, pois os esforços de definição de uma estratégia concreta de ação de curto e médio prazo logo se tornam circulares: a Agência não consegue operar porque não tem recursos e, reciprocamente, não tem recursos porque não consegue operar.

Agência em 2001

Da mesma maneira, alguns acham que a Agência “deve ser autossustentável” e que “suas tarefas devem ser redefinidas”, principalmente no que tange sua atual atividade (a produção de análises e informações sobre a dinâmica regional). Outros afirmam que só a disponibilidade de “recursos cativos oriundos dos orçamentos públicos” poderão tornar a Agência viável e capaz de dar conta das tarefas que lhe foram atribuídas. Outros ainda já acreditam que se trata de uma experiência negativa e que, “por não funcionar, deveria ser fechada” ou tornar-se um instrumento da “iniciativa privada”. Outros, enfim, aproveitam para afirmar que “a formalização da região metropolitana do Grande ABC, (pelo fato de) enquadrar todos os atores os rigores da lei” resolveria a falta de ação regional. Nesta circularidade viciosa, os próprios determinantes da hipótese regional se tornam obstáculos aparentemente intransponíveis para uma ação “desnorteada” na multiplicidade dos horizontes espaciais (global, macrorregional e metropolitano), dos níveis institucionais (federal, estadual e municipal) e das variáveis econômicas (micro e macro) e sociais (fragmentação e exclusão) que constituem seu meio ambiente “natural”. Precisamos, portanto, reencontrar alguns nortes, produzir alguns mapeamentos das questões circulares nas quais a emergência da ação regional do Grande ABC Paulista está atolada.

De 2003 a 2019

Agora vamos voltar aos tempos atuais. Em agosto de 2019 escrevi sobre o ingresso de universidades nas instituições regionais. E voltei ao passado distante para dar aos leitores a dimensão do quanto é recorrente o fetiche de universidades como símbolo (sempre falseador) de regionalidade inoperante. Selecionei os principais trechos daquela análise sob o título “Chamem as universidades! Será que isso vai dar certo? 

Duvido, duvido muito que dê, mas, antes que digam que sou cético além do natural para quem é jornalista, faço duas ressaltas. A primeira é que a ideia do secretário-geral do Clube dos Prefeitos, Edgard Brandão, não é original, mas nem por isso é desclassificatória. Distante disso.  O dirigente do Clube dos Prefeitos não pode ser acusado de comodista. Está metendo o pé na porta da inapetência daquela agremiação político-administrativa. A segunda ressalva é que o passado me tornou reticente sobre tudo que diz respeito à regionalidade do Grande ABC.  (...) Vamos ao que interessa e que vou revelar em detalhes: deu no Repórter Diário que o Clube dos Prefeitos formalizou a entrada de universidades em um programa permanente de estudos visando o desenvolvimento econômico da região. Acompanhem a abertura daquela reportagem, publicada na edição de anteontem: “Foi criado o GT (Grupo Técnico) Universidades, que reunirá integrantes das instituições de Ensino Superior da região para trocar de experiências e integração com o Poder Público. Foram convidadas inicialmente 12 instituições, mas esse número pode aumentar. A primeira reunião de trabalho do grupo já está marcada para o dia 6 de setembro, no consórcio – escreveu o Repórter Diário.

De 2003 a 2019

Para que os leitores entendam até onde vou chegar, vou fazer contrapontos entre o que publicou o Repórter Diário na edição de anteontem e o que foi publicado na revista LivreMercado, que fundei e dirigi durante 19 anos. Leiam os primeiros trechos do texto assinado pela jornalista Malu Marcoccia para a edição de maio de 2003 de LivreMercado. Portanto, há exatamente 16 anos. “A dificuldade de saber exatamente que tipo de mão-de-obra o Grande ABC precisa após a reestruturação econômica dos anos 90 acabou adiando a arrancada em quinta marcha do Unifórum ABC (Fórum Regional Para o Ensino Superior). O comitê encarregado de analisar a formação acadêmica na região – primeiro trabalho dessa nova instância de discussões no Grande ABC – decidiu ouvir primeiro os maiores interessados no assunto, os empregadores, para estabelecer uma pauta mais lenta, porém mais firme nas ações, segundo o reitor da UniFEI Rubens da Silva Mello”.

De 2003 a 2019

Antes de voltar a novos trechos da reportagem de anteontem do Repórter Diário, faço uma pausa para esclarecimento: como o GT Universidades, o Unifórum teve como palco o Clube dos Prefeitos. Naquela casa, a proposta foi enlaçada pela Agência de Desenvolvimento Econômico, braço daquela entidade que mandachuvas desativaram recentemente. Agora, mais uma parte da reportagem do Repórter Diário, sem deixar de lembrar que o texto se refere a “Consórcio”, o nome oficial do Clube dos Prefeitos, invenção nossa para que o leitor tenha facilidade de entendimento. Até porque “Consórcio Intermunicipal” é de um mau gosto terrível. Vamos ao Repórter Diário: “A ideia era começar um trabalho de integração apenas com as universidades públicas. Depois, entendemos que seria importante estender esse convite também para as instituições privadas”, afirmou o secretário-executivo do Consórcio ABC, Edgard Brandão. “Já temos o grupo de educação com secretários municipais, mas as discussões ficam muito centradas nas administrações. A ideia de participação de várias entidades é estabelecer um nível de discussão na questão da tecnologia, do desenvolvimento futuro que vamos ter, por exemplo, na questão da ferramentaria, do polo tecnológico e também com as empresas e indústrias da região, detalha – escreveu o Repórter Diário.

De 2003 a 2019  

Voltamos mais uma vez no tempo e à revista LivreMercado de maio de 2003. Mais um trecho da reportagem: “A decisão (de criar o Unifórum) não surpreende. Ao contrário, confirma que os centros universitários desconfiavam e que os motivou a criar um fórum próprio de debates: a academia não conhece o parque econômico da região nem o Grande ABC sabe o que os bancos escolares têm a oferecer no campo da pesquisa e da profissionalização: “”É difícil fechar uma agenda sobre como o Ensino Superior pode repensar e ajudar a região sem conhecer primeiro o Grande ABC atual”” – reconhece a coordenadora do Unifórum e assessora da Universidade Metodista, Amália Fernandez Gomez. Os encarregados de fazer o fórum das universidades sair do ponto morto serão empresários da indústria e comércio, convocados para reunião neste dia 15 de maio. Ciesps e associações comerciais vão compor a primeira chamada de uma lista que incluirá encontros setoriais também com sindicatos trabalhistas, setor de serviços, poderes públicos e escolas de ensino médio, entre outros – escreve Malu Marcoccia na edição de maio de 2003 da revista LivreMercado.

De 2003 a 2019

Vamos voltar ao presente, certo? De novo mais um trecho da reportagem do Repórter Diário sobre o movimento do Clube dos Prefeitos: Rosângela Bonici, diretor da Fatec Diadema, avalia que haverá ganho para a região: “O que muito nos interessa são as possibilidades que existem na área de química e produção industrial. A Fatec trabalha com a ideia de formar para a região, a ideia é que essa mão de obra fique e gere renda e que cada vez mais a gente possa contribuir para uma boa formação e para o desenvolvimento regional”, analisou – escreveu o Repórter Diário.

De 2003 a 2019

Querem mais LivreMercado de maio de 2003? Querem mais a jornalista Malu Marcoccia? Querem mais do melhor jornalismo regional que esse País já conheceu? Então leiam:  De qualquer forma, o comitê de formação acadêmica do Unifórum estabeleceu que serão pelo menos quatro eixos prioritários: criar canais para contatos entre universidades e empresas, verificar quais as demandas profissionais da região, estimular as parcerias empresa-escola e aprimorar a grade de ensino. A qualidade de ensino dividiu opiniões das 10 instituições que compõem o Unifórum. Uma parte admite que não tem tido flexibilidade para acompanhar as mutações constantes do mercado e outro grupo acha que, ao contrário, deve-se continuar com formações genéricas, voltadas a grandes famílias ocupacionais. O atendimento a formações específicas poderia ficar por conta dos cursos de extensão e pós-graduação, com duração de dois anos após o diploma universitário. “O problema de adaptar a graduação às especificidades de cada atividade econômica é que há determinadas disciplinas e cargas horárias mínimas impostos pelo MEC. Além disso, temos uma infinidade de empresas na região, com tamanhos e necessidades muito diferentes” – expõe Heloísa Gomes, da Faculdade Octógono de Santo André --- escreveu LivreMercado.

De 2003 a 2019

De novo, voltamos aos dias atuais e à reportagem do Repórter Diário. Esse contraponto entre o passado e o presente vai ter um elo em comum. Que explico já-já:  Para Marcos Bassi, reitor da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul) as universidades podem ajudar não apenas na formação de pessoal, mas têm muito a contribuir em pesquisa. “Existe uma base econômica instalada e aí as universidades podem ajudar nos estudos técnicos de qualificar, preparar mão-de-obra para o que está instalado, mas o mais importante é o futuro, é pensar o que será a região no futuro e preparar as profissões do futuro que são cursos e profissões que não existem ainda, porque a indústria é dinâmica e está sempre mudando”, apontou – escrever o Repórter Diário.

De 2003 a 2019

Tomo emprestado do passado mais um trecho da reportagem da revista LivreMercado, produzido há mais de uma década. Leiam com atenção porque o que vem de tão distante no tempo tem uma semelhança descomunal com o que temos no presente:  A academia não deixa de fazer mea culpa. Reconhece que permaneceu entrincheirada durante todos os anos de transformação política e econômica do Grande ABC. O temor da concorrência impediu até agora que se estabelecessem essa relação ideal de pesquisas e formação regional. “Nós também não fomos até a comunidade ouvir o que queria” – resume Vitor Bittencourt, coordenador de estágios do IESA de Santo André e incentivador da figura de um homem de marketing, essencialmente da área comercial, dentro das reitorias. Vitor conta a experiência que teve na Universidade de Mogi das Cruzes, onde foi incumbido de visitar empresas de Mogi e Suzano para ofertar cursos sobretudo de MBA. “Paramos de exportar alunos para a Capital”, conta ele – escreveu a jornalista Malu Marcoccia.

De 2003 a 2019 

Poderia transcrever mais alguns trechos tanto de uma matéria do passado quanto da matéria do presente, mas acho que é dispensável. Não acredito que o Grupo Universidades vai mudar a realidade econômica do Grande ABC. Não que faltem competências. Nada disso. É que primamos pelo individualismo, pela concorrência predatória, pelo achismo, pelo nicho de resoluções que não alteram significativamente o produto final de fragilização constante do conjunto. A saída mais viável para o Grande ABC encontrar-se com o passado de glórias que já não existem é cair na real e adotar sem perda de tempo uma antiga proposta deste jornalista: contratem uma consultoria especializada em competitividade municipal e regional e entreguem as diretrizes de resoluções a quem entende do riscado. Individualidades sem organização coletiva é o mesmo que dar um tiro no pé. O Unifórum retratado na reportagem de 2003 da revista LivreMercado (outras matérias foram publicadas na sequência) deu com os burros nágua como dará o GT Universidades. Por mais boa vontade que exista de todas as partes. Algumas vitórias poderão ser alcançadas, em algum projeto específico de uma atividade específica, mas o conjunto da obra será sempre um arremedo incontrolável. O regionalismo do Grande ABC é um tabuleiro de xadrez manipulado por praticantes de pebolim.

Milicianos

Gente despreparada ou sem tempo de se preparar sai da toca de mídias sociais para operações camicases sem justificativa alguma, porque burras. Procuram desqualificar a avaliação isenta e profissional de um jornalismo sem rabo preso. Milicianos sociais e mídia profissional emburrecida sempre se lançaram ao triunfalismo inconsequente, ineficaz, partidário e eleitoral. Por isso, retiram da bainha da intolerância ignorante ou invejosa alguma frase de efeito, algum palavrão, algum amaldiçoamento à experiência vivida com rigor profissional.

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