Regionalidade

Entenda como Paulinho virou
o pior prefeito dos prefeitos

  DANIEL LIMA - 21/03/2022

O prefeito municipal Paulinho Serra é o pior prefeito regional do Grande ABC. Desde que há 32 anos foi criado o Consórcio de Prefeitos do ABC (Clube dos Prefeitos para quem precisa entender logo do que se trata), Paulinho Serra é seguramente o menos qualificado ao ocupar o cargo pelo terceiro ano.  

Paulinho Serra é o pior dos prefeitos do Clube dos Prefeitos porque aos densos passivos dos antecessores, introduziu os próprios passivos. É o reverso do que sugere a experiência como ideia de melhoria. Paulinho Serra não aprendeu com os erros dos antecessores. Mais que isso: plantou uma floresta de concessões contraproducentes ou de omissões retumbantes. 

Quem não tem os referenciais do passado como ferramental ao uso no futuro, não encontra outro destino senão quebrar a cara. Paulinho Serra tinha um horizonte de fatos consumados para não repetir e, mais que isso, evitar ou desativar. Nada fez. Tinha também um horizonte de novas oportunidades, e o desprezou. 

CARDEAIS POLÍTICOS  

A trajetória do titular do Paço de Santo André é uma associação de incompetência, descuido, mesmice e desatenção. Além de abuso político-eleitoral, claro. Paulinho Serra é o primeiro prefeito dos prefeitos da região a utilizar descaradamente o Clube dos Prefeitos para aproximações com cardeais da políticaestadual.  

O que os leitores precisam entender é que temos na região dois tipos de prefeitos, daí o uso da expressão “prefeito municipal” e “prefeito regional”.  

Prefeito municipal é quem dirige um determinado Município. Nesse campo, Paulinho Serra se enquadra bem como prefeito medíocre em Santo André. Medíocre no sentido literal.  

NADA DIFERENTE  

Paulinho Serra não é diferente de todos que o antecederam após o assassinato de Celso Daniel, extraordinariamente superior a qualquer outro que veio depois e, no campo de compreensão da importância do Município no conjunto da região, também acima dos anteriores essencialmente municipalistas.  

Celso Daniel foi um prefeito municipal que pensou como prefeito regional e foi um prefeito regional que pensou como prefeito municipal. Pensou é força de expressão. Agiu o tempo todo. Agir é o pensar em ação.  

Já como prefeito regional, Paulinho Serra repete todos os anteriores, também depois de Celso Daniel. Sem tirar nem por.  

Paulinho Serra é aquele motorista que faz o mesmo trajeto todo santo dia. Não tem capacidade para encontrar mesmo que na base de testes temporais alternativas mais adequadas para ganhar tempo no espaço. Falta-lhe um aplicativo tipo Waze.  

SUPERANDO PERSPECTIVAS  

Para se consagrar como o maior dos mais medíocres, também no sentido literal da definição, Paulinho Serra ultrapassa as piores perspectivas.   

Basicamente porque acrescentou à longa lista de omissões, erros e descuidos dos antecessores um pecado capital: transformou o Clube dos Prefeitos numa arremetida descarada de moeda político-eleitoral. 

Uma prova incontestável dessa mesquinharia diretiva foi repetida agora. Trouxe para ocupar o cargo de secretário-geral um novo apaniguado político do ex-prefeito da Capital e ex-deputado, hoje comandante do PSD, Gilberto Kassab.  

O vale-tudo de acordo político com Kassab não tem limites. Talvez Kassab já seja o prefeito de Santo André e ninguém saiba. Para ser prefeito de fato de Santo André não é preciso ter o que chamaria de volumetria de representantes. Basta apenas densidade política decisória. Paulinho Serra alienou seu futuro político ao grupo de Gilberto Kassab.  

SEM INTIMIDADE  

O que existe de semelhança entre o secretário-executivo que sai e o secretário-executivo que entra no Clube dos Prefeitos é que tanto um quanto outro mal sabem o que é o Grande ABC. Não têm intimidade alguma nem com o passado, menos com o presente e nem imaginam o que se projeta para o futuro.  

São forasteiros geográficos, econômicos e sociais no pior sentido. Assim como o primeiro, o segundo estará no Grande ABC apenas de passagem. Que não deixará saudade alguma. Diferentemente disso. A estorvos institucionais o melhor destino é o desprezo.  

Paulinho Serra é o pior prefeitos dos prefeitos do Grande ABC ao longo da história porque pegou um bonde andando e não soube corrigir a rota.  

Quando se pega um bonde andando e o bonde andando segue uma rota relativamente correta, bastam alguns reparos aqui, outros ali, e tudo indica que o destino não será tão desafiador. 

BONDE ERRÁTICO  

Paulinho Serra pegou a direção do bonde andando erraticamente, com gigantesco passivo já mensurável em detalhes, e, pecado capital, estabeleceu a proeza de levar o bonde ao desfiladeiro da perdição.  

O Clube dos Prefeitos é um arremedo de instituição. Orlando   que sucede a Acácio será apenas mais um nome a ser esquecido. Ele não tem condições mínimas de entender o jogo da regionalidade que, aliás, conta com raríssimos especialistas nestas terras. Podem ser bons quadros técnicos, mas não se encaixam no mosaico da regionalidade.  

Um vexame a ser lamentado porque a lição básica para quem quer honrar as calças e as cuecas de viver na região é entender a região. Ou ter a humildade de se dispor a isso. 

VÍRUS COMPLICADOR  

A constatação fática de que Paulinho Serra é o pior dos prefeitos da história do Clube dos Prefeitos não leva em conta a reticente, quando não dizer acachapante, atuação da instituição no período da pandemia do Coronavírus.  

Seguindo um manual padrão, convencional, espetaculoso, mas de resultados dramáticos, Paulinho Serra jamais foi capaz de tomar iniciativas inovadoras no campo da saúde emergencial, como se poderia definir o Coronavírus.  

A pandemia deitou e rolou sem que tenha partido do Clube dos Prefeito qualquer medida que ultrapassasse a mesmice de tantas outras geografias e governos. Imperou uma disputazinha boba com o governador do Estado, do qual fora aliado até se abrirem as portas da Kassab, um enxadrista da política.  

A pandemia é um passivo regional que ao fim das contas, nesse jogo de placar sempre temporário, porque o vírus chinês não larga o osso mundial, o Grande ABC apresenta balanço de mortes muito acima do que se registra no Estado de São Paulo e no Brasil como um todo.  

PERDENDO FEIO  

Na contabilidade em que se divide o número de óbitos pelo total de habitantes, métrica internacional para harmonizar as diferenças de tamanhos populacionais, o Grande ABC registra 15% mais mortes em relação ao Estado e 30% acima da média nacional.  

Tudo bem que contamos com alguns ingredientes de gravidade adicional, caso da densidade demográfica de uma Região Metropolitana.  

Mesmo assim, ou exatamente por isso, caberiam iniciativas diferenciadas. O outro lado da moeda de desvantagem é a vantagem de a interação geoeconômica regional proporcionar potenciais políticas de combate ao vírus.  

Ou seja: a proximidade física da população é um mal a ser batido com o antídoto da mesma proximidade física da população. 

COMO SAPOPEMBA  

Uma prova provada de que o Clube dos Prefeitos sob as ordens de Paulinho Serra fracassou no combate à pandemia é que os números de óbitos na região se assemelham aos do distrito de Sapopemba, na Capital, área claramente abaixo da região nos indicadores sociais e econômicos. Disputar cabeça a cabeça com Sapopemba é o fim da picada.  

Não seria, entretanto, a provável sazonalidade do Coronavírus que deve ser levada em conta no balanço de Paulinho Serra como prefeito dos prefeitos do Clube dos Prefeitos. Deixem isso de lado. Vamos à normalidade das jornadas. 

O pecado capital de politizar estupidamente a direção técnica do Clube dos Prefeitos se junta ao que se verá abaixo, ou seja, um acumulado de omissões, descasos e ações cometidas na instituição ao longo de três décadas.  

Fosse Paulinho Serra minimamente organizado, preparado e inconformado, a primeira providência que teria feito seria uma programação para debelar as chamas de improdutividades do colegiado. Qual nada. Como nada fez, tornou o passado presente mais grave.  

Veja uma relação suscintamente definida como provas vitais da incompetência do Clube dos Prefeitos ao longo dos anos, com Paulinho Serra coroando o caudal de improdutividades.   

CONSULTORIA ESPECIALIZADA 

Desinteresse total e absoluto em contratar consultoria internacional especializada em competitividade econômica que, em conjunto com especialistas internos, desenvolveria o Planejamento Estratégico Econômico que harmonizaria os interesses e os objetivos da região. 

COMANDO MONOCRÁTICO 

Descaso no compartilhamento público de decisões, tornando a entidade monocrática, quando o pressuposto de coletivismo está na raiz da proposta. Somente o prefeito no cargo de presidente do que deveria ser um colegiado se dedica com algum empenho durante o respectivo mandato. Os demais são assistentes passivos.   

XÔ CAPITALISMO 

Desconsideração total com os agentes privados, praticamente excomungados pelos dirigentes da entidade porque entre outras coisas não constam da pauta de medidas estratégicas. 

XÔ SOCIEDADE 

Veto constante ao compartilhamento de ações e decisões com representantes da sociedade. Alguns ensaios de uma espécie de Conselho Consultivo chegaram a ser sugeridos, uma ou outra composição foi anunciada, mas em nenhuma ocasião houve na prática algo que pudesse ser catalogado como cooperação crítica e técnica.   

INSENSIBILIDADE ECONÔMICA 

Completo distanciamento das agruras econômicas ao longo dos tempos, sem apresentar um plano estratégico mesmo que doméstico sequer para servir de norte.  

EXCETO DE PAUTA 

descaracterização do foco principal voltado ao Desenvolvimento Econômico subjacente na própria criação da entidade, optando-se por dispersão temática improdutiva. 

ESTATÍSTICA SEM VALOR 

Desprezo a dados estatísticos tanto domésticos quanto externos para monitorar o comportamento econômico e social da região tanto em relação às próprias fronteiras quando a polos desenvolvimentistas concorrenciais. 

COMPETIÇÃO FISCAL  

Descumprimento do princípio básico de equalização dos critérios de competitividade regional com a manutenção de parafernália de impostos municipais de cargas diferenciadas, conflitantes e oportunistas. 

ORÇAMENTO ESQUÁLIDO  

Reducionismo da importância de colaboração compulsória para a manutenção de um sistema técnico e operacional de apoio aos municípios, ao impetrar cortes e inadimplência nas cotas orçamentárias.  

CABOS ELEITORAIS  

Contratação de cabos eleitorais e colaboradores locais como técnicos sem qualquer intimidade com a realidade econômica e, portanto, incapaz de contribuir para um reformismo de conceitos sempre adiado. 

DESINDUSTRIALIZAÇÃO  

Desatenção total à continuada desindustrialização do Grande ABC, sem oferecimento de um único estudo sequer para enfrentar a situação. 

FETICHES LOGÍSTICOS 

Culto a fetiches fora da realidade de competição entre municípios com o endeusamento de quinquilharias conceituais quanto à logística supostamente vantajosa de proximidade geográfica do Porto de Santos e do Aeroporto de Guarulhos, por exemplo. Perdeu-se a noção do significado de logística, especialidade que faz a diferença em tempos de tecnologia avançada. 

QUADROS TÉCNICOS  

Omissão completa na organização e longevidade de profissionais técnicos que pudessem colaborar com estudos e decisões. Preferiu-se sempre e sempre quebrar eventuais avanços, substituindo-se gente qualificada por apaniguados políticos.   

FALSIDADES NUMÉRICAS 

Industrialização de informações técnicas sem consistência porque voltadas ao proselitismo político-partidário, sobremodo no campo econômico.  

BRASILIA PROVINCIANA  

Instalação do que se chamou de Casa do Grande ABC em Brasília, uma opereta política de péssimo gosto que custou caro e não significou nada, além de decepção.  Esqueceram que demandas junto a Brasília como também a São Paulo dispensam mecanismo provinciano, especialmente porque criam mais embaraços do que soluções, tantos internas quando externas.  

CORPORATIVISMO DEMAIS 

Excesso de corporativismo de classe em prejuízo de qualificações técnicas na organização de propostas que jamais saíram do papel.  

FÚRIA DE PROJETOS 

Despertar de uma fúria de projetos e propostas nas mais diferentes áreas somente com o sentido de dar densidade política, quando, de fato, nada representaram em resultados compatíveis com o estágio de profunda quebra do tecido econômico da região, além de dispersarem a atenção sobre o que de fato mais interessa, no caso o Desenvolvimento Econômico. 

ENSAIOS ACADÊMICOS  

Muitos ensaios e nenhuma prática de cooperação das universidades do Grande ABC entre outras razões porque os dois lados não existem institucionalmente como coletivos; ou seja, os prefeitos fingem que estão juntos e as escolas de Ensino Superior não contam com especialistas prontos para o enfrentamento de situação deteriorada há muito tempo. Sem contar a subjacente ojeriza de acadêmicos à iniciativa privada, porção econômica sem a qual não existe sociedade evolutiva e transformadora.  

FALTA DE ESTOQUE  

Completa ausência de banco de dados e estudos que possam lastrear medidas de mudanças tanto econômicas como sociais. Não existe nada que possa ser considerado estoque de conhecimento que se avolumariam e ganhariam robustez no correr dos anos.  

AUTOMOTIVAS IGNORADAS  

Autofagia econômica com o esquecimento de que o setor automotivo deveria ser parte essencial de tudo, inclusive com um grupo técnico de estudos. Nada mais logico, porque montadoras de veículos e autopeças são o cerne do PIB Industrial do Grande ABC, com ramificações por todos os demais setores.  

TERRA AVILTADA 

Incapacidade de preparar um plano de voo na área de logística para disciplinar o uso e ocupação da terra principalmente nos principais corredores, e impedir que o mercado imobiliário cometa incessantes assassinatos urbanísticos. Não interessa à instituição nada que possa melindrar financiadores de campanhas eleitorais. 

IPTU DESCONECTADO 

Estudos e ações detalhadas para dar ao IPTU (Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana) um diagrama que guardasse semelhança com a realidade econômica e social de centenas de bairros dos sete municípios, tratando o território regional como único. Um encontro desses números seria processo gradual que ao longo de pouco tempo permitiria tornar o Grande ABC mais competitivo como território a ser ocupado e sobremodo mais justo com os contribuintes, tratando-os diferentemente, de acordo com a compatibilidade do imposto à renda familiar e ao padrão de construção. 

FALTA DE ANÁLISES  

Desinteresse total à realização semestral de assembleia geral com setores da economia para analisar detidamente o cenário regional, nacional e internacional, antecipando-se, na medida do possível, a transformações que afetam diretamente o ritmo de Desenvolvimento Econômico.  

MOBILIZAÇÃO IGNORADA 

Campanha de conscientização da sociedade e das autoridades sobre a importância da instituição para o futuro do Grande ABC, mobilizando-se formadores de opinião e tomadores de decisão a se juntarem à iniciativa de reestruturação há muito necessária.  

PREPARO DE EQUIPE 

Preparação de profissionais tanto no ambiente público quanto privado para reforçarem as estruturas da instituição com base em informações históricas, sobremodo no campo econômico da região, de modo que retrabalhos não ganhem espaço e tampouco que proselitismo político e corporativo não viceje porque atropelam os rigores de respeito à sociedade em favor de motivações específicas desgrudadas do planejamento estratégico.  

REESTRUTUAÇÃO GERAL 

Contratação de equipes de consultores que se mobilizem à reestruturação de entidades de classe de modo a que participem para valer de uma empreitada abrangente de nova configuração do tecido institucional do Grande ABC, sempre em conexão com o Planejamento Estratégico Econômico.  

QUADROS PERMANENTES 

Contar com quadros permanentes de funcionários públicos dos sete municípios treinados e preparados para exercitar determinadas tarefas de curta, média e longa duração. Ações que, sem comprometer o dia a dia nas respectivas prefeituras, poderão significar ganhos de escala que, em última instância, injetariam vantagens às mesmas prefeituras num processo de retroalimentação mais que saudável.  

RODOANEL MARIO COVAS 

Completo silêncio institucional em resposta aos danos econômicos provocados pelo Rodoanel Mario Covas. Os números mostram que o Grande ABC perdeu competitividade também por conta de um traçado que beneficiou a região Oeste da Grande São Paulo (Osasco e vizinhança) e também a Baixa Santista. Os impeditivos ambientais agravaram a atratividade regional, já debilitada pelo custo da terra, o sindicalismo e a infraestrutura logística como um todo, entre outros.  

METRÔ E BRT 

Triunfalismo acrítico à sempre anunciada ramificação da rede de metrô ou de BRT (veículos de velocidade sobre rodas) na região, sem a contrapartida de estudos que ultrapassem o campo de infraestrutura propriamente dita e invadam o terreno da complementaridade econômica. Resultado previsível quando tudo estiver de fato realizado: danos imensos como os provocados pelo Rodoanel Mario Covas.  

AVENIDA DO ESTADO 

Entra ano, sai ano e a Avenida do Estado passa pelo mesmo processo de reparos aqui, reparos ali, mas nada que altere a competitividade logística. O governo do Estado e a Prefeitura de São Paulo não são chamados a participar de uma operação tripartite para atenuar os danos econômicos e sociais – por mais que uma obra aqui, outra acolá, sejam anunciadas. A Avenida do Estado supostamente daria voto, mas não gera Desenvolvimento Econômico porque se tornou um trambolho urbano. 

POLO PETROQUÍMICO 

O Polo Petroquímico na divisa de Santo André e Mauá representa muito da arrecadação dos dois municípios, mas raramente saiu do quartinho fiscal dos administradores municipais. São recursos compulsórios que não exigem maiores preocupações. Um erro crasso. Um plano de integração da cadeia química e petroquímica poderia gerar mais recursos fiscais e empregos dada a capilaridade das duas matrizes industriais.  

PEQUENOS NEGÓCIOS  

Os pequenos negócios especialmente no setor de comércio continuam sendo massacrados. Não há coordenação para elevar a possibilidade de resistência frente a cada vez mais veloz e insidiosa chegada de grandes conglomerados corporativos, agora com pequenos empreendimentos. Aos grandes se oferecem vantagens fiscais como atração a instalações. Aos pequenos nem migalhas sobram. Apenas o descaso ou cursinhos técnicos que não fazem a diferença na hora de o consumidor decidir onde comprar. 

MARKETING REGIONAL 

Um planejamento bem-preparado de marketing regional, que não pode ser confundido com triunfalismo regional, poderia ser desencadeado no âmbito de nova configuração diretiva da instituição. Há vácuo permanente que limita o entendimento público do que seja o Grande ABC. Até porque o Grande ABC não consegue agir como Grande ABC. 

AREAS INDUSTRIAIS 

Desinteresse total na obtenção do que poderia ser chamado de mapeamento completo de áreas industriais desativadas ou subutilizadas. A atualização de informações seria o ponto de partida a um projeto que consistiria em avaliar uma reciclagem dos espaços sob novas perspectivas econômicas, considerando-se transformações no mundo dos negócios. A reavaliação dos grandes conglomerados industriais, por exemplo, de que é arriscado demais manter fornecedores muito distantes das plantas, por causa de rupturas na cadeia de fornecimento, abre janelas a novas concepções sobre disponibilidade de terras urbanas industrializáveis. 

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