Sociedade

100 DESAFIOS para
evitar nocaute regional

  DANIEL LIMA - 12/02/2024

A projeção para a região se dar bem no Projeto 100 DESAFIOS é a mais desalentadora possível. Mas decidi lançar esse conjunto de propostas justamente para contribuir mais uma vez com a retirada da região do estado anestésico institucional que já dura décadas, com repercussões em todos os setores em que convivem quase três milhões de habitantes. Vivemos situação próxima a nocaute.

Se a ficha da quebra de dinamismo econômico e social caiu faz muito tempo e ainda uma imensa maioria de tomadores de decisões frequentam o mundo da lua do triunfalismo, nada melhor que esquadrinhar a operação.

Para os leitores terem ideia mais apropriada do tamanho do problema contido em 100 DESAFIOS, basta lembrar que de mil pontos possíveis, caso todos os problemas sejam resolvidos, apenas 35 pontos estão no horizonte com alguma possibilidade de sucesso. E não esticamos o prazo além de 2030 porque preferimos uma jornada mais breve para despertar consciências. Fosse a meta esticada, pouca coisa se alteraria nos próximos tempos para interromper a preguiça coletiva à reconstrução do tecido regional.

O que se segue é uma lista que não é novidade para quem acompanha a trajetória de 35 anos de CapitalSocial, outrora revista LivreMercado. O que temos à indigestão geral e irrestrita é um quadro condizente com a realidade. Não existe um fiapo de catastrofismo. Bem que poderia haver, porque, assim, teríamos, quem sabe, mais probabilidades de sucesso.

Cada enunciado de 100 DESAFIOS vale até 10 pontos positivos, sempre de acordo com as perspectivas que cada um. Quando se chega à conclusão de que apenas 35 pontos estariam assegurados dentro de sete anos, o mínimo que o bom senso indica é que estamos fritos e mal pagos. E estamos mesmo. Não é invencionice.

A derrocada regional vem de longe e deverá esticar mais tempo com maior gravidade. 100 DESAFIOS deveria ser uma vitrine permanente de cobrança por resultados. Cada cidadão deveria memorizá-los para entender que as individualidades se tornam mais vulneráveis quando o coletivo é perdulário diante de um amontoado de fracassos.

 

OS 100 DESAFIOS

PARA O ANO 2030 

 

1. O PIB Geral da região seguirá caindo em relação ao PIB Nacional. Perspectiva contrária: zero ponto.

2. O PIB per capita da região seguirá caindo em participação relativa no PIB per capita Nacional. Perspectiva contrária: zero ponto.

3. O PIB per capita dos municípios da região vai cair em relação ao PIB per capita médio do Estado de São Paulo. Perspectiva contrária: zero ponto.

4. O trecho sul do Rodoanel seguirá sem reorganização do traçado que contemplaria conexões mais interativas com a região. Perspectiva contrária: zero ponto.

5. O trecho sul do Rodoanel agravará ainda mais a distância que separa o PIB Geral da região frente ao PIB Geral da Grande Oeste, grupo integrado por Osasco, Barueri e outros cinco municípios. Perspectiva contrária: zero ponto.

6. O trecho sul do Rodoanel continuará afetando a logística regional a ponto de a região formada por Guarulhos e Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, ultrapassar o PIB Geral regional. Perspectiva contrária: zero ponto.

7. A participação de famílias consideradas de classe rica na região será inferior ao nível atual. Perspectiva contrária: zero ponto.

8. A classe média tradicional deverá continuar a patinar no ranking de participação relativa nas famílias da região. Perspectiva contrária: zero ponto.

9. A mobilidade social da região, medida pela evolução da classe rica e da classe média tradicional, conhecerá novos revezes. Perspectiva contrária: zero ponto.

10. O grupamento formado por pobres e miseráveis na região contará com maior participação relativa do que atualmente, mesmo com os programas sociais que abundam. Perspectiva contrária: zero ponto.

11. As associações comerciais que não são nada industriais seguirão separadas, individualizadas, sem nada que dê indicações de que atuariam em conjunto na organização de políticas transformadoras no campo econômico. Perspectiva contrária: zero ponto.

12. As unidades do Centro das Indústrias da região seguirão sem capacidade organizacional por causa da dependência do sistema Fiesp/Ciesp centralizado na Capital. Perspectiva contrária: zero ponto.

13. As montadoras de veículos da região vão perder ainda mais participação relativa no Brasil. Perspectiva contrária: zero ponto.

14. As montadoras de veículos vão aumentar a participação relativa no setor industrial da região em função de novas quedas de outras atividades do setor produtivo. Perspectiva contrária: zero ponto.

15. O estoque de trabalhadores industriais não deverá ultrapassar eventual crescimento sustentável acima de 10% ao fim dos próximos sete anos. Perspectiva contrária: cinco pontos de zero a 10. 

16. Os Legislativos da região vão seguir como puxadinhos dos Executivos. Perspectiva contrária: zero ponto.

17. O mercado imobiliário vai continuar pragmático e pouco comprometido com a sociedade, preocupado exclusivamente com os próprios interesses e desprezando participação efetiva na definição dos rumos econômicos e sociais da região.  Perspectiva contrária: zero ponto.

18. Prefeitura de Santo André vai continuar ignorando o fato histórico de que o Rei do Futebol marcou o primeiro gol de mais de um milésimo no Estádio Américo Guazzelli. Perspectiva contrária: cinco pontos de zero a 10.

19. O Fórum da Cidadania continuará sendo lembrado como o maior movimento coletivo já levado a cabo na região sem que a sociedade construa algo semelhante. Perspectiva contrária: cinco pontos de zero a 10.

20. Sindicalistas vão continuar a olhar para o próprio umbigo corporativo, político e ideológico a ponto de ignorar os riscos que o mundialmente cada vez mais competitivo setor automotivo implicarão em perdas regionais. Perspectiva contrária: cinco pontos.

21. Sindicalistas da região vão acentuar sempre as relações institucionais quando a presidência da República for ocupada por um representante da categoria ou alinhado à categoria, desprezando todas as demais demandas. Perspectiva contrária: zero ponto.

22. A UFABC, Universidade Federal do Grande ABC, manterá ritmo de pouco se lixar de verdade e para valer com o destino econômico da região. No máximo, para enganar o distinto público, encetará um ou outro projeto em consórcio com instituições locais, mas nada que signifique transformações. Perspectiva contrária: zero ponto.

23. Redes sociais de moradores da região vão seguir preocupadas em maior escala com ambiente político estadual e nacional. Perspectiva contrária: cinco pontos de zero a 10.

24. A chegada do BRT, sistema de transporte público com ônibus elétricos, acentuará o deslocamento de consumidores em direção à Capital e aumentará a quebra da dinâmica comercial na região. Perspectiva contrária: zero ponto.

25. A chegada do metrô, cujo itinerário contemplaria São Bernardo e Santo André lateralmente, continuará fora de perspectiva de médio prazo e acentuará a premissa de evasão de consumidores locais. Perspectiva contrária: zero ponto.

26. O Planejamento Estratégico Regional tendo como carro-chefe um completo diagnóstico seguido de ações no campo econômico vai continuar como passivo por conta de negligência das autoridades públicas. Perspectiva contrária: cinco pontos de zero a 10.

27. A Avenida dos Estados, que corta São Caetano, Santo André e Mauá, além da Capital, manterá incompatibilidade com o que significa produtividade a ponto de ser descartada como passarela de grandes mudanças, seguindo apenas como conceito de última milha no mundo logístico. Perspectiva contrária: zero ponto.

28. São Bernardo vai ganhar novos investimentos em condomínios logísticos, aproveitando-se de dois fatores: a decadência industrial que vem do passado e é praticamente insuperável no processo de agravamento, e a logística favorável no meio do caminho ao Porto de Santos e também aos consumidores internos. Nada, entretanto, vai superar o buraco que separa a produção de riqueza perdida com a desindustrialização e recuperada apenas parcialmente pelo setor logístico. Perspectiva contrária: zero ponto.

29. Santo André vai depender cada vez mais da produção de riqueza fiscal e orçamentária do Polo Petroquímico que divide com Mauá e também da cadeia consequente do setor químico. Perspectiva contrária: zero ponto.

30. Santo André vai contar cada vez mais com menor participação de trabalhadores industriais no conjunto de trabalhadores com carteira assinada. Perspectiva contrária: zero ponto.

31. São Caetano ainda estará sonhando com uma interligação com a Rodovia Anchieta para atenuar uma logística que a encapsula em produtividade do trabalho e dos investimentos. Perspectiva contrária: zero ponto.

32. Mauá seguirá dando pouca importância a potenciais ganhos agregados do Polo Industrial do Bairro Sertãozinho, nicho do território que gera muita riqueza em forma de produção e de empregos formais. Perspectiva contrária: zero ponto.

33. Redes sociais vão fomentar cada vez mais o oficialismo dos administradores públicos em se comunicarem com a sociedade, em descompasso com o jornalismo tradicional visto cada vez mais com desconfiança. Perspectiva contrária: zero ponto.

34. Clube dos Prefeitos não entregará o que Celso Daniel, seu criador, defendeu nos últimos anos de vida: abrir as portas para a sociedade de forma efetivamente colaborativa e crítica, não um puxadinho de farsa democrática. Perspectiva contrária: zero ponto.

35. Clube dos Prefeitos seguirá tendo a rotatividade de ocupação da presidência de forma convencional, sem levar em conta uma sugestão mais que interessante: definir antecipadamente os municípios dos titulares rotativos do grupamento para um período sequencial de 12 anos. A medida evitaria conflitos de interesses políticos e partidários de ocasião. Perspectiva contrária: zero ponto.

36. Região seguirá sem Entidade Cerebral, formada por representantes independentes que atuariam diretamente na sensibilização de instâncias oficiais. Perspectiva contrária: zero ponto.

37. A criminalidade em forma de homicídios na região vai continuar nos mesmos níveis da média das últimas cinco temporadas entre outras razões porque o território está ocupado por forças policiais mais atentas e principalmente por camadas do crime organizado que têm como doutrina o acerto de contas e de interesses mútuos sem o uso da violência. Perspectiva contrária: cinco pontos.

38. Atividades culturais dos municípios vão continuar subalternas aos espetáculos da Capital porque faltará programação de calendário regional. Perspectiva contrária: zero ponto.

39. Clubes profissionais tendem a sofrer novos contratempos em representatividade social nos estádios, entre outros motivos porque a tecnologia digital e a descoberta de que futebol é um negócio para grandes e poderosos grupos não encontrariam resistência. Perspectiva contrária: zero ponto.

40. O Esporte Clube Santo André estará usufruindo do processo de clube-empresa com a utilização de uma SAF bem engendrada. Perspectiva contrária: cinco pontos.

41. Um Polo Tecnológico para valer, coordenado pela diversidade de representantes dos sete municípios da região, se manterá como peça de ficção. Perspectiva contrária: zero ponto.

42. Os prefeitos de plantão vão continuar a explorar com exagero o marketing de comunicação. Indicadores de diversos setores sempre serão inflamados em forma de desempenho. Perspectiva contrária: zero ponto.

43. Os prefeitos da região vão continuar a negar a importância de entrevistas coletivas a cada determinado tempo, para aferição do mandato. Perspectiva contrária: zero ponto.

44. Pequenas e médias empresas vão continuar dessastidas de estratégia por conta da ausência de uma representação institucional que de fato tenha identidade de classe. Movimentos municipais não influirão no resultado final sempre negativo. Perspectiva contrária: zero ponto.

45. A Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC manterá o ritual de falência estrutural e inoperância técnica. Perspectiva contrária: zero ponto.

46. A chamada Bancada do ABC seguirá como uma ofensa a qualquer coisa que lembre cooperativismo extrapartidário e ideológico. Trata-se de falácia da mídia incapaz de enfrentar os problemas da região. Perspectiva contrária: zero ponto.

47. A construção de um aeroporto Internacional em São Bernardo seguirá como abre-alas emblemático e frustrante de intermitente ufanismo regional, por razões mais que explicadas desde que a bobagem foi lançada em manchetíssima de jornal na praça regional. Perspectiva contrária: zero ponto.

48. Um espaço que demarque a importância do setor automotivo da região, especialmente em São Bernardo, seguirá sendo perspectiva sem lastro de efetividade. O Museu do Automóvel, ou algo semelhante, não tem vez numa sociedade negligente e numa cidade dividida ideologicamente entre capital e trabalho. Perspectiva contrária: zero ponto.

49. De vez em quando vai aparecer algum animador de auditório a serviço da malandragem ética que contestaria a desindustrialização da região. Perspectiva contrária: zero ponto.  

50. O Shopping Atrium, um dos investimentos mais insolventes na região, deverá conhecer novos percalços. Não se descarta que, mais uma vez, venha a dar espaço a serviços públicos de Santo André, em nova tentativa de elevar o fluxo de pretensos consumidores. Perspectiva contrária: nota zero.

51. A perspectiva de que a região do entorno do Polo Petroquímico seja contemplada com um projeto especial, algo como Cidade Capuava, não será levada em conta pelos prefeitos de Santo André e de Mauá. Perspectiva contrária: zero ponto.

52. Os centros comerciais de Santo André, São Caetano e São Bernardo, principalmente, seguirão sem contar com amplas transformações, especialmente no uso de políticas fiscais abrangentes e incisivas para um processo de recuperação. Perspectiva contrária: zero ponto.

53. Carnaval Regional seguirá com perspectiva de ambiente de Quarta-Feira de Cinzas entre outras razões porque o Carnaval Municipal há muito virou passado. Perspectiva contrária: zero ponto.

54. Torres residenciais continuarão a crescer nas áreas mais densamente ocupadas, numa trama diabólica semelhante à registrada na Capital, com a desvantagem de que a Capital é Cinderela e a região é Gata Borralheira. Perspectiva contrária: zero ponto.

55. Diadema continuará tendo muitas dificuldades para confirmar em vantagem o que se tornou problema, ou seja, fazer da Anchieta, da Imigrantes e do Rodoanel fatores de competitividade econômica. Perspectiva contrária: zero ponto.

56. O trecho Norte do Rodoanel, que fechará o circuito, acrescentará mais ganhos às regiões no entorno da Capital, elevando novas dificuldades competitivas à região. Perspectiva contrária: zero ponto.  

57. Diadema continuará a gastar em média mais com salários do funcionalismo público do que qualquer outra atividade econômica. Perspectiva contrária: zero ponto.

58. São Caetano ainda não terá encontrado um veio econômico que compensaria seguidas perdas industriais, limitando-se ao setor de serviços sem foco numa determinada atividade transformadora. Perspectiva contrária: zero ponto.

59. Vai prosseguir o ritual de descaso metropolitano, com as respectivas regiões no entorno da Capital se distanciando ou mantendo distância entre si, ou seja, sem nenhum projeto, plano e ação para o enfrentamento a metástases de competitividade por conta do custo inerente da localização. Perspectiva contrária: zero ponto.

60. A comunicação social na região vai se tornar ainda mais dispersa, sem o predomínio de qualquer mídia específica. A pulverização, entretanto, não garantirá diversidade e autonomia.  Perspectiva contrária: zero ponto.

61. A Rodovia Índio Tibiriçá seguirá altamente vulnerável a acidentes.  Perspectiva contrária: zero ponto.

62. O Diário do Grande ABC vai abandonar o mote “porta-voz” da região porque se descobrirá pego em flagrante abuso: afinal, a região não tem voz alguma. Perspectiva contrária: zero ponto.

63. A criação de um Conselho Deliberativo formado por profissionais independentes do setor público e institucional da região continuará a ser um desafio ao Clube dos Prefeitos. Perspectiva contrária: zero ponto.

64. Os sete Legislativos da região seguirão atuando individualmente, sem qualquer perspectiva de criação do Clube dos Vereadores. Perspectiva contrária: zero ponto.

65. Nada será efetivado para valer para a construção no Clube dos Prefeitos de um banco de dados que insira estudos econômicos, sociais e fiscais dos municípios da região em confronto com os maiores endereços do Estado de São Paulo. Perspectiva contrária: zero ponto.

66. Nada alterará o viciado e oficialesco conceito de ouvidor implantado nas prefeituras. Perspectiva contrária: zero ponto.

67. As secretarias de Desenvolvimento Econômico continuarão a ser apenas um quadradinho no organograma sem valor expressivo no orçamento de cada Prefeitura. Perspectiva contrária: zero ponto.

68. Nada surgirá de novidade no Clube dos Prefeitos para o acompanhamento sistemático de cronogramas de obras públicas, com respectivos valores. Perspectiva contrária: zero ponto.

69. Os corredores ao longo dos trajetos do sistema de transporte BRT continuarão sem nichos programados de comércio e serviços. Perspectiva contrária: zero ponto.

70. As universidades públicas e privadas da região vão continuar isoladas entre si e também distantes de organizações produtivas. Perspectiva contrária: zero ponto.

71. Faltará transparência nas contas das prefeituras tanto quanto desinteresse da sociedade. Perspectiva contrária: zero ponto.

72. Mecanismos metodológicos do IPTU seguirão trajetória rudimentar, sem transparência e sem a eficiência clara e objetiva de estabelecer equilíbrio econômico entre os contribuintes. Perspectiva contrária: zero ponto.

73. A massa de valores do IPTU vai continuar crescendo acima do PIB. Perspectiva contrária: zero ponto.

74. A massa de valores do IPTU vai continuar aumentando acima da média salarial dos trabalhadores formais. Perspectiva contrária: zero ponto.

75. A proposta de premiação de reportagens que denunciem e provem desvios de recursos públicos seguirá fora do foco das prefeituras. Perspectiva contrária: zero ponto.

76. Pequenos negócios continuarão ignorados em políticas públicas diante do desembarque de grandes empreendimentos nas áreas de serviços e comércio. Perspectiva contrária: zero ponto.

77. Deputados estaduais continuarão a ignorar prestação de contas coletiva aos eleitores. Perspectiva contrária: zero ponto.

78. Deputados federais continuarão a ignorar prestação de contas aos eleitores.  Perspectiva contrária: zero ponto.

79. Deputados estaduais e federais vão dar de ombros à prioridade de atenção permanente a uma lista que corresponda a 10% dessa agenda.   Perspectiva contrária: zero ponto.

80. Estatísticas de furto e roubo de veículos não sofrerão grandes mudanças, com no máximo uma variação de 10% no período, para mais ou para menos. Perspectiva contrária: zero ponto.

81. Continuará a ser heresia imaginar que o Clube dos Prefeitos desenvolverá e aplicará proposta que identifique as principais lacunas no mercado de trabalho da região. Perspectiva contrária: zero ponto.

82. Permanecerá deficitário o emprego formal industrial deixado em dezembro de 2016 após seis anos de governo de Dilma Rousseff.  Perspectiva contrária: zero ponto.

83. Não constará de políticas públicas de incentivo à cultura nada que, em forma de seminários, eventos e cursos se transforme em calendário obrigatório. Perspectiva contrária: zero ponto.

84. Potencial de consumo da região, chamado PIB do Consumo, vai registrar novas perdas por habitante em confronto com o comportamento das demais cidades incluídas no G-22. Perspectiva contrária: zero ponto.

85. Potencial de consumo da região vai apresentar participação nacional continuamente em queda. Perspectiva contrária: zero ponto.

86. Santo André continuará na quinta posição do ranking de média salarial de trabalhadores com carteira assinada, à frente apenas de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Perspectiva contrária: zero ponto.

87. A Chácara Baronesa, na divisa de Santo André e São Bernardo, vai seguir como endereço de miséria e criminalidade. Perspectiva contrária: zero ponto.  

88. Vai aumentar a dependência industrial de Mauá do Polo Petroquímico. Perspectiva contrária: zero ponto.

89. Santo André vai registrar novas perdas de emprego industrial, com rebaixamento de participação relativa no total de trabalhadores com carteira assinada. Perspectiva contrária: zero ponto.

90. São Bernardo vai registrar perda relativa da média salarial dos trabalhadores industriais ante à média das demais categorias de trabalhadores com carteira assinada. Perspectiva contrária: zero ponto.

91. A média salarial dos trabalhadores formais dos sete municípios da região cairá em valores reais. Perspectiva contrária: zero ponto.

92  Região vai registrar menos participação no PIB per capita do que a média dos municípios do Estado de São Paulo. Perspectiva contrária: zero ponto.

93. Região vai registrar maior participação estadual no PIB de Receitas Tributárias Próprias do que a média dos demais municípios do Estado de São Paulo. Perspectiva contrária: zero ponto.

94. Região vai registrar menos participação no PIB per capita do que os 15 municípios que completam o G-22. Perspectiva em contrário: zero ponto.

95. Região vai registrar maior participação no PIB Geral do setor público do que a média dos demais 15 municípios do G-22. Perspectiva contrária: zero ponto.

96. Mercado imobiliário vai continuar a registrar proporcionalmente mais imóveis de classe popular vendidos do que imóveis de classe média. Perspectiva contrária: zero ponto.

97. Criação do Dia da Regional, em 19 de dezembro, seguira fora do roteiro do Clube dos Prefeitos. Um calendário de periodicidade mensal que contemple ao longo de cada ano todos os sete municípios não passará de fantasia. Perspectiva contrária: zero ponto.

98. Será mais uma vez frustrante eventual criação de duas cadeiras permanentes e atuantes no Clube dos Prefeitos, uma para um representante graduado do governo do Estado de São Paulo e outra para um representante graduado do governo federal. Perspectiva contrária: zero ponto.

99. Região vai continuar caindo no Campeonato Brasileiro de Gestão Fiscal, como chamamos o Índice de Gestão Fiscal da Firjan, Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, elaborado anualmente por economistas especialistas. Perspectiva contrária: zero ponto.

100. O estoque anual de empregos formais dos municípios da região vai perder a corrida para o conjunto dos concorrentes do G-22 quando se confrontar saldo líquido e participação dos dois blocos no PIB Geral. Perspectiva contrária: zero ponto.

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